...a rapariga dança, dança no desfiladeiro das concertinas e dos pingos de novembro
que caem do alto sobre o seu vestido branco,
como pétalas do prodígio,
...
a rapariga dança, dança sob uma enorme folha de zinco
e em frente a um espelho maior do que a vertigem.
as mãos, abrem pântanos, com cortes em sangue
e transformam-se em facas de barro desaprumadas.
os pés, que pisam o barro, fecham os movimentos e fabricam a neve
dentro das concertinas.
é lindo o vestido que as sombras vão rompendo, aos poucos.
é lindo o cabelo que se prende nas limalhas.
são lindos os seus gritos, lacre da revelação.
e ela dança, dança sem cair, no hangar do júbilo.
in "Depois do Ninho, a Água" Editora Corpos
que caem do alto sobre o seu vestido branco,
como pétalas do prodígio,
...
a rapariga dança, dança sob uma enorme folha de zinco
e em frente a um espelho maior do que a vertigem.
as mãos, abrem pântanos, com cortes em sangue
e transformam-se em facas de barro desaprumadas.
os pés, que pisam o barro, fecham os movimentos e fabricam a neve
dentro das concertinas.
é lindo o vestido que as sombras vão rompendo, aos poucos.
é lindo o cabelo que se prende nas limalhas.
são lindos os seus gritos, lacre da revelação.
e ela dança, dança sem cair, no hangar do júbilo.
in "Depois do Ninho, a Água" Editora Corpos
poemas
e
não poemas
Nada a acrescentar.
e
não poemas
Nada a acrescentar.
1 comentário:
É sempre um prazer entrar no TOQUE DE MIDAS e sentir esta brisa poética que enche a alma e consola os sentidos...
Tens alma de poetisa, Céu!
Enviar um comentário