24/03/11

MARIA PINHEIRO




O verdadeiro poema tem estima
Quer saber tudo
É aprendiz

Julgo que é meio palerma
Mas tem olhos de cisterna
Nos girassóis do jardim

Tem mania que é Doutor
Dá-se de nome amor
Onde assenta,  por aí...

A boca ganha-lhe jeito
O corpo abraça o peito
É um vírus, anda aí...

O amor é um piegas
A qualquer rosto mostra as tíbias
De queixo caído por si

Desculpem-lhe a falta de jeito
A subida de temperatura
A epidemia carmim

Se é doença só há uma cura
O corpo entrosado aqui

Cristina Pinheiro Moita





Eu não sou assimetria,
Nem um desenho geométrico
Que um maluco qualquer queria
-Sou uma alma apaixonada
Mágoa e, nostalgia
Sou aquilo que me querem,
mais aquilo que não via
Não sou nada!
…Sou noite e sou dia…
Queria ir a todo o lado, danço em fantasia
Pois o tempo é um quadro,
E eu pincel que procria
Mas, quando à noite se faz tarde…
Por onde foge a alegria
Essa ruga que me aguarde…
Que eu sou creme, que amacia.



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  • O meu livro

     

    7 comentários:

    Moonlight disse...

    Por vezes fico pensando como é impressionante a capacidade que muitas pessoas têm de ser verdadeiros poetas.
    Uma vez mais Lindooooo!
    O amor é tudo isso e muito mais!

    Bj com luar

    Anónimo disse...

    Olá Céu.
    Entre tristeza e alegria li, reli e gostei.
    Trazia muitas saudades que não esgotei
    e vou, mas tu sabes que voltarei.
    Ficam os beijos que deixei... :)

    Filipe N

    Nilson Barcelli disse...

    Gostei dos dois poemas.
    Muito bons.
    Parabéns às autoras.
    E a ti, que os escolheste.
    Beijos, querida amiga Céu.

    Runa disse...

    Muito interessante e original o teu blog. Sempre que posso faço-te uma visita.

    Beijos

    Runa

    Secreta disse...

    Gostei destas palavras.
    Beijito.

    O Profeta disse...

    Calei a alma
    Aprisionei o sentir deste estúpido coração
    Mergulhei o corpo em agua dormente
    E lembrei-me de uma esquecida oração

    De quantas palavras se faz a melodia?
    Para onde caminham os passos de uma criatura perdida?
    O que será que pensa um homem caído?
    Para que serve a verdade incontida?

    Perdi a vela do meu barco de papel
    Mil tempestades assolaram-me à alma
    Abandonei o leme ao deus dará
    E encontrei uma deusa em lágrimas, de perdida chama


    Doce beijo

    Anita de Castro disse...

    Céu Rosarinho magnificas poesias
    Deixo todo meu carinho

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