Sinto meu coração espartilhado,
Afuselado, de tal modo quase extinto,
Pressinto a entrada num labirinto,
Será que minto, ao acreditar no instinto?
Tanto sonhei por este momento,
Ao relento, vi as nuvens em pranto,
Num manto enrolado cinzento
Sem alento caí, fui parar num canto.
Gostaria de saber tornar inteligível,
Nada é falível no amor? Assim deveria,
Tornaria o ser na sua afeição credível,
Aprazível roseiral..., entre nós cresceria.
A essência do amor vou esculpir,
Quero augir uma obra com ardência,
Mas a força do escopro a faz aluir,
Fico a bramir, a carpir a decadência.
Gabriela Pais
16-03-2011
Nasceu em Lisboa, na Rua da Condessa ao Largo do Carmo.
Estudou em Lisboa, Luanda e Coimbra,
encontrando-se aposentada como técnica superior da
Secretaria Geral do Ministério da Justiça.
Viveu em Luanda cerca de 9 anos.
Não suporta a mentira e a desonestidade, como defeitos (entre outros), a teimosia.
Gosta de pintar e compor poesia. “Matiz do Mundo” é o seu primeiro livro.
8 comentários:
Minha querida
Deixando um beijinho no dia da poesia...e a tua convidada de hoje escreve muito bem, adorei.
Sonhadora
Tenho estado ausente, mas não esquecido do que aqui me espera...
Mais uma belissima partilha, pudesse eu acompanhar todos estes autores que nos dás a conhecer e seria concerteza mais colorido o jardim da minha vida...
Boa semana...
Bjs e abraços para ti Ceu e todos quantos por aqui passam :-)
http://antero-oliveira.blogspot.com
encantador
Muito bonito o poema.
:)
Ao relento, vi as nuvens em pranto...
mais um belo poema a adornar este não menos belo espaço...
Parabéns!
Nunca había oído hablar de ella por lo que te doy las gracias por esta entrada, me gusta leer y la poesía por lo que intentare la próxima vez buscar algo de ella
Un abrazo
"a alma sujou-se de lama / o corpo puro do barro".
Tocante o teu poema!
AMIGA
BOA NOITE VIM TE FAZER UMA VISITINHA PARABÉNS ESTA LINDO. FIQUEI ENCANTADA. BJ
ANA MO
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