04/02/11

GIL MOURA





Quantas vezes, quantas...
Nos colocam muros e barreiras
Quantas vezes nos mentem

Quantos amores se perdem
Antes de os encontrarmos
Quantas vezes, quantas...

Quantas vidas destruímos
Quantos desgostos choramos
Quantas vezes, quantas...

Quantas vezes encontramos
Olhares que nos fitam, que sorriem
Quantas vezes, quantas...

Quantas vezes os ignoramos
Por medo, ou desconfiança
Quantas vezes, quantas...

Quantos nos julgam de imediato
Sem nos ouvirem, nem conhecerem
Quantas vezes, quantas...

Quantas vezes se dizem nossos amigos
E nos traem
Quantas vezes, os que ajudamos a levantar
Nos deitam ao chão
Quantas vezes, quantas...

Quantas vezes somos duros, implacáveis
Egoístas, arrogantes, insensíveis
Quantas vezes, quantas...

Quantas vezes gostaríamos, de perdoar
E não o fazemos
Quantas vezes, quantas...

Quantas vezes nos olhamos ao espelho
E temos vergonhado que vemos
Quantas vezes, quantas...

Quantas vezes queremos sorrir
E choramos
Quantas vezes, quantas...

A vida...é cheia de quantas vezes.








Quem sou eu?
 Sou Mário Margaride, usando como pseudónimo Gil Moura.
 Amo a poesia, amo as palavras, e através delas,
deambulo no universo de mim, procurando transmitir
 um pouco do meu sentir, das minhas emoções.
E acima de tudo, sou alguém que procura apenas ser feliz...



As palavras flutuam ao vento, ao encontro dos olhos
 que as lêem, e dos corações que as sentem...


12 comentários:

Mario disse...

Belo jogo de palavras...
Bom fim de semana.

Anónimo disse...

Asi mismo seguimos apostando todo !

luis lourenço disse...

´tem um blogue aconchegante...e gosta de poesia...Toque de Midas.lindo nome...a poesia é expressão sublime da vida...entrei por acaso no seu blogue,através de um outro...Ainda bem. me pus como seguidor para mais fácil acesso, ainda que não seja um grande blogador.
saudações poéticas,

Véu de Maya

Flávio Miguel Pereira second account disse...

sabes, céu, adoro saber que podemos confiar numa amiga para lembrar a portugal que ainda há bons escritores neste pais, aqui juntaste vozes ferozes e incaláveis.
O toque de midas é o poder da poesia em cada um de nós. Parabéns amiga céu e obrigado por estar também dentro deste mundo que é os teus amigos escritores

darkest disse...

ola ceu!
mas q poeta incrivel vc achou grande amiga.

desculpa meu sumiço, eu li o seu
coment no meu outro blog

vim tambm agradecer.
e dizer q esse poeta tem a alma lirica e principalmente liberta -- algo do mais importante em poesia.

manda abraços pra ele.

e pra ti minha grande amiga,
t mando fraternos abraços, daq do alem mar
pra ti. de tasssio!

A.S. disse...

Céu Rosário,

Uma agradável surpresa este teu espaço. Bela poesia, boas imagens e sobretudo muito bom gosto!
Felicito-te!

Beijos...
AL

Anita de Castro disse...

CEU ROSARINHO VENHO POR ESTE MEIO TE FELICITAR E DESEJARTE UM FELIZ ANIVERSARIO ,ESPERO QUE CONTINUES COM ESTE TEU CANTINHO POR ANOS MAGICOS

UM BEIJ AMIGA CÉU

Chris disse...

O POETA É UM FINGIDOR

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.

01.04.1931

FERNANDO PESSOA

Não resisti a trazer à baila este belo poema de Fernando Pessoa depois de ler o belo trabalho que nos apresenta jogando com as palavras e deixando-nos sem saber exactamente se estamos perante uma situação vivida se ficcionada.
Seja como seja é um belo poema que nos faz pensar e nos confronta com a vida em que estamos mergulhados todos os dias.
Os meus cumprimentos

Chris Morris

Mena disse...

Quantas vezes criamos muros em nosso redor .... e acabamos prisioneiras de nós próprias, a distância dos familiares, ausência de amigos…
Esses são apenas alguns motivos que podem levar à solidão.
Bjs

Secreta disse...

Bonito poema/reflexão.
Parabéns ao autor.
:)

Cristina Fernandes disse...

Uma revelação este teu espaço, e como gosto da poesia deste autor, é mais um motivo para te dizer obrigada.
Beijinho, Céu
Chris

Filipe N disse...

E quantas vezes substituimos sentimentos confusos e incertos por torrentes de palavras que os procuram ancorar a um querer sentir claro e certo...
Da poesia gostei, mas de ti, Céu, tenho saudades daquelas que ultraqpassam a incerteza do conceito virtual.
Mas certo certo é que um dia subirei os rios para perceber porque as sinto! :)
Beijos amiga, ando muito alheado deste convívio, eu sei, mas não te esqueço porque estás no topo daqueles a quem nele quero bem.

Anónimo de seu nome Filipe e velhos pseudónimos como Diogo "e assim, Credo"! :)

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