ARMINDO LOUREIRO

Maré leva, maré trás;

E para nós tanto nos faz!

Mas faz falta a muita gente…

Que o que o mar leva tenha presente,

Que o deve devolver logo de repente;

Porque na tristeza alguém ficará contente…

Agradeço que o faças para descanso da minha mente,

Já que tens tudo assente.

Ai mar como tu és!

De repente eu já não sei,

Se te contentas só com água;

Ou também em criar mágoa,

Num coração que se sente…

Abandona-lo por estares ausente,

Do seu coração que está fremente;

A pedir a Deus os restos seus,

E tu mar que não perdoas;

Julgando até que são loas,

Fazes de conta que não ouves!

Ai mar, mar…

Eu sei que não têm por ti respeito,

E vão para ti sem qualquer jeito!

Mas outros que pensam nos seus,

Vão ao mar, pecados teus;

Para vos amanhar o peixe,

E mesmo que alguém o não deixe,

Tu mar, tu deixa para lá,

Não leves ninguém contigo;

Deixa de fora o meu amigo,

Aquele que não brinca contigo,

Porque de ti gosta humanamente…

Mas tu, não te importando com isso,

Leva-lo enrolado como um chouriço,

Deixando toda a família a pedir;

Para que possam seu corpo sentir,

Numa prece de redimir,

Nossos pecados sobre ti!

Por isso, ó mar:

Tu deixa-te de ser assim!

Roubando o que a outros e a mim,

Faz falta para o futuro;

Eu não te quero enfim,

Como água que não tem fim;

Mas sim como alma do amor,

Onde passeou o Adamastor;

E outra gente que se encheu de grande dor,

Por tu lhe levares o seu amor…

 

Sou um ser humano normal,
E espero ser respeitado como tal;
Ter ideias diferentes não fazem mal,
A não ser ao inimigo, ao rival...

Sou um incompreendido nato.

 Gostaria de ajudar todo o mundo mas,

 infelizmente, tenho as mãos pequenas...