23/01/12

ISABEL CABRAL


Enquanto o som
das minhas palavras
ferirem ouvidos

enquanto as minhaspalavras

incomodarem alguém


enquanto
as minhas palavras

voarem ao vento
enquanto tiver que me calar
porque ninguém me quer ouvir
enquanto me sentir viva
parecendo morta
enquanto tiver energia
parecendo fraca


enquanto as minhas
palavras

continuarem surdas


enquanto
tiver que gritar

para ser ouvida

terei
que calar

mas não me impedirão


de
pensar, de escrever.





 
Do céu ao mar, do azul ao castanho, da gaivota à sereia,
do perfume das flores, ao cheiro a maresia.Sempre com a família do meu lado.
É POR AÍ QUE EU HABITO!!!



 


 

 

4 comentários:

Odete Ferreira disse...

Parabéns, Céu, por mais esta divulgação, assim como à Isabel pelo belo poema!
Um viva às palavras!
Bjo :)

Anónimo disse...

have a good weekend... hugs

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Minha querida

Um poema lindo como sempre boas escolhas...vou visitar o blogue.

Um beijinho com carinho
Sonhadora

Mayson disse...

A veces
por supuesto
usted sonríe
y no importa lo linda
o lo fea
lo vieja
o lo joven
lo mucho
o lo poco
que usted realmente
sea

Sonríe
cual si fuese
una revelación
y su sonrisa anula
todas las anteriores
caducan al instante
sus rostros como máscaras
sus ojos duros
frágiles
como espejos en óvalo
su boca de morder
su mentón de capricho
sus pómulos fragantes
sus párpados
su miedo

Sonríe
y usted nace
asume el mundo
mira
sin mirar
indefensa
desnuda
transparente

Y a lo mejor
si la sonrisa viene
de muy
de muy adentro
usted puede llorar
sencillamente
sin desgarrarse
sin deseperarse
sin convocar la muerte
ni sentirse vacía

llorar
sólo llorar

entonces su sonrisa
si todavia existe
se vuelve un arco iris.

(Mario Benedetti)

Muchas felicidades, Ceu!!

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