APOLINÁRIO CURADO

                      

Tantas vezes desejei, dizer-te o que te não disse!...

Muitas vezes me interroguei...Que te diria?Se te visse;

Dir-te-ia! Como és Bela! Em teu vestido,que veste como luva,

Exclamar-te-ia! Céus! Perante tua Áurea a Lua empalidece;

Os sons, saiem brandos nos teus murmúrios quando amanhace,

Deixando-me, à mercê, da vertigem que me salva e não te esquece!

Visto-me de desejos...Encerro-me nos pecados! Terei salvação?

 Tenho os encontros marcados...Não fujo! Será o meu condão?...

Sei que vou encontrar, na direcção do Sol ou bem ao Luar;

As pegadas, que teus pés em meu caminho irão sulcar!

 Tenho-te nos meus pensamentos, vives em mim como um sermão,

 Desvaneço-me na tua sombra! reencontro-me no teu perdão.

   Muralhas, são redutos que com o tempo se poderão expugnar,

  Vontades são certezas... Em que nos podemos equivocar?...

 Albergam-se em redomas que resistem nada fáceis de quebrar;

 Cercando-se de intuições complicadas...difíceis de comungar,

  Abençoados os Mortais, que neste Mar terão de navegar;

   Com duras travessias...Quando, o Amor se quer alcançar.

"Ver nascer o Sol, todos os dias!

Tentar fazer com que o viver,
não seja uma obrigação;
mas sim um prazer!

 Todos os momentos contam...

Na Administração da Felicidade."

O Poema deve sentir-se,
Deve rasgar-nos no íntimo…
Amar sem possuir;
Soltar-se lânguidamente,
Nas frases que o compoem…
Libertos com a nudez;
Dos pensamentos aprisionados.
Alimenta-se, de palavras…
Do Amor, que elas consagram;
De Ninfas e maresias,
Das paixões despoletadas…
Ao ritmo soletrado,
Dos vendavais que avassalam…
As mentes desprotegidas;
Criadoras de fantasmas,
De Fadas e Duendes;
Abraçado pelas Musas…
Que as Mentes Acalentam.