FLORIRAM PALAVRAS NA PALAVRA
Este poema carrega a saudade
Adormece e acorda comigo
É um vento forte que corre na tarde
E p'la noite é insónia ou castigo.
Este poema é um regato alegre a serpentear
É uma seara de trigo a crescer
É a saudade que me faz lembrar
O cheiro dos laranjais a florescer.
Este poema sou eu às árvores trepando
Sou eu menina descalça vadia
Que corre na carroça do tempo, levando
Cabelos ao vento, barriga vazia.
Este poema onde me fico a relembrar
Os caminhos e os sonhos que eu desafiei
Volta que volta à minha volta a girar
Poema da minha alma que não calarei.
Poema que sinto que me persegue
Me corre nas veias e a palavra abraça
Poema que quer que à saudade me entregue
Um cântico, um grito. um amor que não passa.
Lembranças, anseios tudo ele tem
Poema do querer que sinto de lhe querer bem.
2 comentários:
Olá Céu!
Acho que começo a ficar fã deste espaço! E ainda por cima encontro aqui a minha querida amiga Natália Nuno (quantas noites de desgarradas) que, infelizmente, teima em não colocar em livro a sua bela e telúrica poesia.
Beijo a ambas.
Mas é muito grande o prazer de estar aqui contigo amiga, o espaço é lindo e a melodia maravilhosa, tudo com muito bom gosto.
Agradeço este teu gesto de carinho.
Quero ainda agradecer ao nosso amigo Manu, pelo comentário carinhoso que te deixou, também ele um bom amigo e um belíssimo Poeta.
O meu poema ganhou pujança e liberdade e quanto a mim ficou mais belo por aqui.Grata Céu, beijinho
Removi um comentário, desculpa, não tinha
lido o comentário do amigo e queria também aqgradecer-lhe.
natalia nuno
Enviar um comentário