05/10/10

ANA COELHO


Sei de mim
num espaço perdido
numa cávea com as portas abertas
onde o espírito
está acorrentado
pela genuína força do âmago.

Não vislumbro o céu
e a terra foge da sola dos pés.

No centro da epiderme
um glaciar
de emoções, sentimentos
em combustão de edificações
que me enrugam o esqueleto
na longitude da razão
os olhos contemplam
o coração agarra na fúria
da ultima linha invisível
um sustento suspenso…

Nasce o fogo
fervilham as veias
neste abismo por onde tudo se esvai,
um absinto
que me engole e leva ao apocalipse…





Os meus sonhos nunca dormem,
 sossegam somente por vagas horas
 quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos,
 caem no papel em obediência à mente que dita todas as palavras em impulsos do nada..

3 comentários:

Anónimo disse...

Ana
Já conhecia a tua poesia
Se algo não tens acorrentado são as palavras que em ti se soltam leves feito brisas
Parabens
Angelina Andrade

Anita de Castro disse...

"Diz uma lenda chinesa que amizades verdadeiras são como árvores de raízes profundas: nenhuma tempestade consegue arrancar."

Ana Coelho disse...

Que bom encontrar este pedaço de mim aquii onde as palavras têm vida e a vida é também feita de palavras.
Um poema dos que mais gosto se me é possivel escolher entre tantos que tanto me contam no silêncio.

Obrigada pela divulgação

Beijinhos

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