27/11/10

DULCE ANTUNES








Amo o silêncio
nele a plenitude
pinto sem pincéis
danço sem música.


Escrevo no silêncio
as vozes do espírito
abraçam-me as folhas.


Anseio  o ocaso
que beija a solidão
nas janelas
nos beirais
na cidade 
que adormece sem sonhos. 


Acordo
os  rostos  obtusos
passeando nas ruas sem nome
são em mim as  árvores
o vento
as flores
os canteiros
são o espelho do meu pensamento.









As palavras choram-me  
arranco- as do meu peito
entrego-as  
não serão mais que um abraço com a eternidade
não serão mais que a imortalidade dos meus gritos
essa amante infiel
 a poesia
não é mais que o meu sangue
nada senão a vida
e este triste coração que pulsa !







Todos os poemas editados neste espaço estão protegidos pela lei.
http://www.wook.pt/ficha/poesia-para-a-alma/a/id/4299465/filter/



3 comentários:

JB disse...

Belíssimos! Tocam-nos a alma e envolvêmo-nos nas entrelinhas!

Beijinho

Juddy Francesco disse...

BOM DIA CEU..

Que a paz seja teu objetivo
Que o amor seja teu caminha
Que a sabedoria guie teus passos!!!
UMA FELIZ SEMANA
BEIJOS E ABRAÇOS..
JUDDY

Anita de Castro disse...

A poesia é a voz das palavras e sentimentos que por vezes vivem no silêncio.

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